Os integrantes da banda reconhecem o esforço das fãs e tentam retribuir o carinho no mesmo nível – são incontáveis os “obrigado!” e declarações de amor pelo Brasil que fazem nos intervalos entre as músicas. Perto do final, mais saidinho, o baterista Harry Judd disse: “Minha vontade é descer aí e beijar cada uma de vocês”. A empolgação da banda é visível, como se o McFly quisesse mostrar que dá tudo de si a cada show. Enquanto Judd toca pesado (o som do grupo estava bem alto), os dois guitarristas (além de Tom, Danny Jones) e o baixista Dougie Poynter se movimentam sem parar, cobrindo todas as áreas do palco e interagindo com todos os grupos de fãs que estivessem mais próximos da grade. O bom humor marcou o tom da conversa quarteto inglês McFly, que conversou com os jornalistas na manhã desta quinta, antes do show do grupo em São Paulo nesta quinta-feira (28). Perguntado sobre quais presentes eram jogados no palco, o vocalista e guitarrista Danny Jones foi sincero: “O que mais jogam no nosso palco são calcinhas, mas a coisa mais estranha que já jogaram na gente foram brócolis, por causa da nossa música ‘Broccoli’”.
Os quatro entraram sorrindo na sala onde aconteceria a entrevista, e se mostraram simpáticos o tempo todo – do lado de fora, um grupo de fãs esperava ansiosamente o grupo. “O público brasileiro é sensacional” diz o também guitarrista e vocalista Tom Fletcher, lembrando da turnê que o McFly fez em 2008, tocando em São Paulo, Curitiba e no Rio de Janeiro – “Mas a visita à MTV foi um pouco assustadora”, completa Danny, referindo-se ao assédio das fãs, “nós tentamos falar com todo mundo que conseguimos, mas as coisas ficam perigosas algumas vezes”. Ainda assim, não deixam de elogiar o Brasil e o público do país: “O que faz um show ser bom é a empolgação da plateia, e aqui nós fizemos alguns dos melhores shows da nossa carreira”, garante Tom. Eles só não conhecem muito sobre música brasileira: “Não temos muito tempo para ouvir o rádio ou procurar discos, estamos sempre trabalhando muito”, admitem.

As turnês constantes pelo mundo vêm do fato de eles serem donos do próprio selo na Inglaterra. “Sem isso, não teríamos ido ao Japão, Austrália ou América do Sul – nós que escolhemos onde vamos passar nas nossas turnês. Também decidimos como faremos nossas músicas”. Essa liberdade levou a banda a lançar o seu quinto álbum de inéditas, “Radio:ACTIVE” (2008) , encartado no jornal “The Mail On Sunday” na Inglaterra. “É ótimo”, explica Danny, “nós atingimos um público muito amaior do que imaginamos, muita gente passou a conhecer a nossa música. O jornal atinge 2,5 milhões de pessoas em um único dia!”.
O som do quarteto (que conta com o tecladista Jamie Norton nos shows) é um pop punk a la Green Day com influências de bandas sessentistas como Beatles e Beach Boys, especialmente nas harmonias vocais e melodias. Após hits como “Star girl” e “Room on the 3rd floor”, o grupo
fechou a primeira parte do show com a épica “The last song” – dividida em três partes com diferentes dinâmicas, parece influenciada pela fase mais “sinfônica” do Queen.
“Agora todo mundo cantando”, diz Tom Fletcher, o guitarrista e vocalista do McFly. O público repetia o que ele cantava, alto – “we don’t care!” (“Nós não nos importamos”, em inglês). Mal haviam pisado o palco do Via Funchal para seu show em São Paulo nesta quinta-feira (28) e o McFly já tinha a plateia nas mãos.
Não que a banda esteja preocupada com esses rótulos. Eles parecem felizes entretendo a platéia, seja fazendo coraçõezinhos com a mão, seja com Danny dando um “chupão” no pescoço de Tom durante “P.O.V.” – eles estão ali para divertir e serem divertidos. E dado o volume dos gritos de aprovação das fãs, podem ter certeza que só existe um resultado correto: “missão cumprida”. Abrindo a noite com “One for the radio”, o quarteto inglês mostrou porque é um dos favoritos das 6 mil adolescentes que lotavam o Via Funchal. Misturando energia e bom humor, o grupo tocou por quase uma hora e meia, com um repertório parecido com o apresentado em 2008 e tocado nas outras cidades brasileiras nas quais a banda tocou (Manaus, Fortaleza, Recife e Brasília) desde o começo da turnê de 2009 no país.






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